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Meu primeiro Cume foi a Pedra do Sino. Irado!




Lá no alto da Pedra do Sino é lindo!

Vou contar um pouco da minha incrível aventura com a ajuda da minha mãe. Se você só quiser ver as fotos e vídeos vou colocar agora para você ver, mas se quiser ver como foi minha aventura continue lendo até o final. 
Depois deixe um comentário eu vou gostar muito de ler.


Um vídeo com um pouquinho de cada parte da trilha

Vídeo no Cume da Pedra do Sino, feito com a GoPro

Agora quem quiser saber como foi, é só continuar lendo.


Então, eu sou Alexandre, tenho 8 anos e cheguei no primeiro cume de uma montanha dia 15/11/2013. Agora veja como foi que consegui isso.

Compra dos ingressos parnaso

Meus pais compraram os ingressos no site http://www.parnaso.tur.br/ para nós três.


Pesquise antes de subir a Pedra do Sino

   Pesquisamos em alguns blogs e dizem que a melhor época para ir é no outono e no inverno porque o clima é mais estável e chove menos. Dizem que no inverno a sensação térmica lá no cume pode chegar a -5c. Então leve roupas quentes, aquelas que corta vento, porque mesmo na primavera ou verão, lá no cume faz frio. Muito frio! Eu quase congelei lá, e olha que a previsão do tempo era de 27 a 30 graus em Teresópolis.

   Nós fomos na primavera e por sorte não choveu, nem na subida e nem na descida. Só que no dia seguinte parecia que ia cair o mundo de tanta chuva. Estávamos em casa na hora da chuva. Um dica, confira sempre a previsão do tempo. Na primavera e no verão o tempo é muito instável, veja só a foto.... 
 
Primeira foto tirada na sexta dia 15/11 e a segunda foi tirada no domingo 17/11

Como se preparar para subir a Pedra do Sino

  • O que vestimos: 

    • Camisa de maga curta de dri fit (camisa de time futebol) e bermuda ou calça de tac tel. Colocamos os casacos , luvas, gorros e capa chuva em local de fácil acesso na mochila, no caso de frio. 
    • Na subida, não sentimos frio, porque além do clima agradável estávamos caminhando e sentimos um pouco de calor. Só que na montanha, próximo ao Abrigo 4 a temperatura diminuiu um pouco e cheguei a colocar um casaco.
    • Vale a pena usar roupa que seque rápido e tênis impermeável, porque mesmo sem chuva, a trilha tem vários locais molhados e você pode se molhar. É ruim demais ficar molhado. Meu pai usou um tênis de corrida, que não é impermeável e molhou tudo na hora que foi pegar água em uma cachoeira.
    • Outra coisa importante, use duas meias. Eu usei duas meias grossas na subida e na descida e não tive nenhum machucado nos pés. Só que minha mãe, coitada, subiu com duas meias e na descida ela usou só uma e ficou cheia de bolhas nos pés. 
    • Passe protetor solar
 

  • O que levar na nossa mochila:

Tem que ser uma mochila boa, daquelas que prendem na cintura, para aliviar o peso do ombro.
    • Na mochila do meu pai: a garrafa de água dele e as coisas que não usamos na trilha, como: saco de dormir, lanternas para descida da Pedra do Sino depois do pôr do sol, casacos, uma peça de roupa para o dia seguinte, toalhas, sabonetes, chinelos porque não pode entrar com tênis no abrigo (eles sempre ficam muito sujos, então precisa deixar na porta), máquina fotográfica e outras coisas. Ah, também levamos aquele clor-in é um potabilizador de água, pegamos água na trilha e colocamos o comprimido para tirar as impurezas da água antes de beber. Legal né?
    • Na mochila da minha mãe: a garrafa de água dela e as coisas que usamos na trilha e nossa alimentação. Minha mãe preparou sanduíches de queijo com peito de peru, embalou em papel laminado e levou para comermos no caminho e no café da manhã do dia seguinte. Também cozinhou 5 ovos e embrulhou no papel laminado para comermos no jantar junto com o macarrão. Levamos também aqueles três saquinhos de suco Tang e tomamos um suco bem gostoso no lanche da trilha, no jantar e no café da manhã. Levamos amendoim de chocolate, kit kat, bis, barrinhas de cereais, uma canga para descansarmos, papel higiênico, primeiros socorros, gorros, luvas, capa de chuva e um saco de lixo. Tudo poderíamos usar na trilha.
    • Na minha mochila: Coloquei dois biscoitos grandes, daqueles que não pesam muito(ruffles e doritos), meu canivete pequeno, meus saquinhos de amostras, minha bússola, um casaco, minha água.

Importante: Tire tudo das embalagens, coloque tudo em sacos para evitar molhar em caso de chuva. Leve um apito só para emergência e deixe preso na parte de fora da mochila; leve um saco de lixo, não deixe nada na natureza.

  • Nossa chegada ao parque:

    • Nossa subida foi dia 15/11 numa sexta-feira, então saímos de Laranjeiras na quinta às 23h30, pegamos um trânsito e só chegamos na casa da minha avó, em Teresópolis, às 2h da manhã e dormimos.
    • Na sexta-feira, acordei às 8h; minha mãe preparou os sanduíches e os ovos; tomamos café da manhã; nos arrumamos, meu pai levou as malas para o carro e às 10h30 saímos para o Parque Nacional Serra dos Órgão em Teresópolis.
    • Chegamos na portaria e nossa reserva já estava lá, preenchemos o TERMO DE CONHECIMENTO DE RISCOS E NORMAS e, como eu tenho 8 anos, meus pais precisaram assinar o TERMO DE RESPONSABILIDADE
    • Depois meu pai subiu até o final da estrada do parque, nos deixou na entrada da trilha com as malas e foi estacionar o carro no lugar que o pessoal do parque mandou. Depois ele subiu andando até a entrada da trilha.
    • Passamos protetor solar, nos preparamos e começamos a subida às 11h30.
 

Do Parque Nacional da Serra dos Órgãos até a Pedra do Sino

  • Como foi nossa subida de Teresópolis até o Abrigo 4.

    • No site do Parque Nacional diz que tem pessoas que fazem em 4h e outras que fazem em 7h o trajeto de aproximadamente 12 km. Então iniciamos a trilha sabendo que poderíamos chegar lá no abrigo em 7 horas ou mais.
    • Iniciamos com três garrafinhas de água e levamos um potabilizador de água para encher nossas garrafas no caminho. A água que pegamos no caminho eram super geladas.
    • O início da trilha é mais difícil, porque tem mais pedras e a mochila esta pesada e o corpo não está acostumado. Subimos devagar até o abrigo 1, sem parar, em 1h, aí paramos, descansamos uns 25 minutos. Comi um sanduíche, uma barrinha de cereal e voltamos a caminhar. Comecei a perceber que era muito longe e fique meio resmungão, mas logo começamos a ver as paisagens e as coisas maneiras no caminho e tudo ficou melhor. O corpo acostumou com o peso da mochila, vieram os zigue-zague do caminho e melhorou.
    • Depois da Cachoeira Véu da Noiva pensamos em seguir, sem parar até o abrigo 3, mas não deu. Encontramos uma pedra abrigada no caminho, estendemos a canga e deitamos. Foi ótimo, um descanso muito bom. Comemos um sanduíche, biscoitos e um suco laranja (que preparamos com Tang) e ficamos lá por uns 30 minutos.
    • Seguimos viagem e fomos direto, só paramos para abastecer as garrafinhas, ver a paisagem e fotografar. Minha mãe falava: "Acelera na reta e diminui na subida".
    • A paisagem no início da trilha é bem fechada de árvores e muitas pedras molhadas. Conforme subimos as árvores diminuem e as pedras também. Quando chegamos mais lá no alto quase não vemos árvores, parece um mato alto, voltam a aparecer muitas pedras e lama que mais parece areia movediça, se pisar o pé afunda um pouco e molha tudo. Meu pai pegou um pau grande e apertava no chão para ver se dava para pisar.

 
 

Foi muito bom chegar no abrigo.... 
Iniciamos a trilha às 11h30 e chegamos no abrigo 4 às 17h20
Fizemos a trilha em 5h50min
Vejam o nosso mapa e o tempo que fizemos até cada ponto da trilha.


  • Como foi a Subida do Abrigo 4 até o Cume da Pedra do Sino

Foi a parte mais difícil da nossa trilha
Importante: Por mais quente que esteja no abrigo, use sempre casaco para ir ao cume, de preferência aqueles que cortam o vento
    • Às 17h50 pegamos as lanternas, uns casacos (que não eram anoraks) e começamos a subir para o Cume de bermuda mesmo, não imaginava o frio que nos esperava.
    • A subida é complicada, venta muito, tem muita pedra e não conhecíamos o caminho, fomos apenas seguindo a trilha. Só que chega um momento em que tem umas setas nas pedras e uns totens feitos de pedra para sinalizar o caminho, só que não sabíamos. Então seguimos apenas a trilha e seguimos até que começamos a descer novamente, contornando uma enorme pedra. Passaram uns 30 minutos e nada de chegar. Dizem que do Abrigo 4 até o cume são uns 20 minutos.
    • Percebemos que estávamos perdidos, paramos próximo a uma escada e encontramos um pessoal que estava vindo de Petrópolis e queriam chegar ao abrigo 4. Começamos a voltar e vimos umas marcações na pedra escrito Sino e subimos nas pedras. Encontramos um casal que nos ajudou e enfim conseguimos chegar.
É um lugar lindo que valeu todos os esforços para chegar lá, uma conquista maravilhosa!
Minha mãe tirou muita foto (até demais)
    • Lá no cume ventava demais e fazia muito frio, não estávamos usando Anorak e quanto mais tempo passava mais frio sentimos.  Minha mãe colocou o casaco dela em mim e aquele casal que encontramos emprestou um casaco para minha mãe e começamos a descer. O rapaz disse que estávamos tendo os primeiros sintomas de hipotermia. Então não vacilem com os casacos. Não é bobagem não! Nós já vamos providenciar anoraks para o próximo cume.
    • Descemos antes de escurecer totalmente, mas chegamos no abrigo às 19h40 e já estava escuro  (subimos no horário de verão)
 
 


Hora do banho, jantar e dormir na Pedra do Sino

    • No abrigo, fomos direto para o banho, bem quentinho. Mas o banheiro estava todo molhado, não tem lugar para colocar a roupa seca, nem toalhas e isso foi ruim.
    • A cozinha é muito boa, tem muitas panelas, copos, talheres, pratos. Ela é bem equipada.
    • Minha mãe preparou um talharim com óleo e alho, os ovos já estavam cozidos, colocou numa travessa, cortou os tomates e saboreamos na mesa do abrigo junto com uma limonada feita de tang.
    • Agora para dormir usamos as beliches. Em cada quarto tem três beliches (que dá para 6 pessoas). No nosso quarto só tinha nós três. Me enfiei no saco de dormir e fiquei bem quentinho até o outro dia pela manhã.
 


O dia seguinte no Abrigo 4

    • Dizem que o nascer do sol é lindo, mas eu não queria subir a trilha escura, lá é bem frio e não tínhamos os casacos suficientes para aguentar o frio. Então acordamos às 8h comemos nosso sanduíche quentinho e pegamos uma trilha que começa atrás do abrigo.
    • Em menos de 10 minutos chegamos num lugar lindo, com uma paisagem que era demais. Dava para ver tudo... O Rio de Janeiro, a ponte, o pão de açúcar, a pedra da gávea, as nuvens, o oceano, lindas montanhas no fundo...Lindo!
    • Ficamos lá quase 1 hora, voltamos para o abrigo e começamos a nos preparar para a descida.
 
 
 


Nossa descida do Abrigo 4 para Sede de Teresópolis.

    • Começamos a descer 10h20 e chegamos na barragem 14h50. Eu achei a descida tranquila, mas meus pais acharam a pior do que a subida. Usei duas meias e não tive problemas com bolhas, mas minha mãe ficou com bolhas nos pés na descida.
    • Ela também reclamou de dor no joelho, na virilha e nos dedos dos pés. Meu pai estava com dores na coxa e na coluna. Descemos bem devagar, admiramos muito as paisagens e os bichinhos no caminho. Fizemos tudo em 4h33min.
 
 

Agora vamos planejar nossa próxima aventura.
Espero que tenham gostado.

Vejam outras aventuras no Parque Nacional Serra dos Órgãos




Até a próxima.

Um comentário:

  1. Olá, tudo bem? Estou me programando para fazer esta trilha (pela terceira vez!!) este fim de semana. Me responda uma coisa: vocês foram com algum guia, ou a trilha está bem sinalizada?
    Beijão!!
    Andy

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